Com o fim do ano se aproximando, é comum ouvir falar em “rali de Natal” nas bolsas de valores — aquele impulso final de alta que costuma beneficiar índices e ações. Em 2025, esse movimento começou cedo no Brasil: o Ibovespa já opera acima dos 160 mil pontos, e há quem acredite que ainda pode subir mais. Mas o que explica essa arrancada? E quais sinais merecem atenção agora?
🎯 Por que a bolsa costuma subir no fim do ano
Especialistas apontam ao menos quatro gatilhos comuns que costumam gerar o rali de final de ano:
- Baixa liquidez: no fim do ano, muitos investidores estão de férias ou fora do radar, o que favorece movimentos de preço com menos volume.
- Rebalanceamento de carteiras: gestores procuram ajustar posições, vender o que não performou e reforçar ativos promissores.
- Fluxos sazonais e “dinheiro extra”: no Brasil, o 13º salário e bônus de fim de ano acabam virando aporte, injetando capital no mercado.
- Clima de otimismo: com festas, expectativa de ano novo e perspectivas mais claras, o humor do investidor costuma melhorar.
Segundo um levantamento da consultoria Elos Ayta, nos últimos 25 anos, 17 dezembro registraram alta no índice, com ganho médio histórico de +2,87% no mês.
Mas atenção: o rali nem sempre acontece — depende bastante de como está o ambiente macroeconômico.
🌐 O contexto de 2025: fatores que favorecem o rali
✅ Ambiente externo e juros baixos nos EUA
Com o ciclo de cortes nas taxas do Federal Reserve (Fed), o dinheiro “barato” volta a fluir globalmente — e os mercados emergentes, como o Brasil, voltam a atrair interesse. Mesmo analistas apontam que esse rali atual está sendo bastante “empurrado” por investidores internacionais.
✅ Expectativas de juros menores no Brasil
Internamente, a visão de que o ciclo de juros já passou pelo pior fortalece a aposta em ativos de risco. A inflação vem recuando e analistas consideram provável uma nova queda da taxa básica — o que, em tese, favorece ações e amplia o apetite por risco.
✅ Reaproximação de Brasil e EUA no comércio internacional
A retomada de negociações entre Brasil e EUA ajudou a reduzir incertezas, especialmente para setores exportadores como carne, agronegócio e commodities — o que impulsiona o sentimento de mercado.
✅ Resultados corporativos e a temporada de balanços
Muitos balanços recentes vieram com bom desempenho operacional, mesmo em um ano de juros altos e desafios macro. Esse contraste — dívida cara, mas operação saudável — atrai investidores à procura de valor no longo prazo.
🔭 O que o mercado está de olho agora
Para que o rali continue, alguns fatores precisam se manter alinhados:
- Uma nova rodada de cortes de juros nos EUA — o que deve elevar o apetite por risco.
- Decisões de política monetária no Brasil: o resultado da próxima reunião do Banco Central do Brasil (Copom) será observadíssimo.
- Cenário político e eleitoral: expectativas e pesquisas podem gerar ruídos ou empurrões no mercado.
- Continuidade de resultados corporativos robustos — especialmente de empresas exportadoras.
Analistas como os do AndBank acreditam que, se os juros em dólar caírem, a bolsa brasileira pode ganhar mais força. Em um cenário otimista, há espaço para o Ibovespa seguir subindo antes do encerramento do ano.
✅ Vale embarcar no rali de Natal?
Se você acredita que o cenário macro vai se manter estável e aposta em um fechamento de ano mais tranquilo, o momento pode ser favorável para quem busca retorno no curto a médio prazo. A combinação de juros baixos no exterior, expectativa de juros internos mais suaves, bom desempenho corporativo e um ambiente internacional mais amigável cria o que muitos chamam de “tempestade perfeita” para o mercado de ações.
Por outro lado — como sempre em renda variável — é fundamental ter consciência dos riscos. Se houver choques externos, aumento de juros nos EUA, cenário político conturbado ou balanços decepcionantes, o rali pode se desfazer rapidamente.

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