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Dólar atinge mínimas em mais de um ano e bancos revisam expectativas de câmbio para 2025 e 2026

Dólar atinge mínimas inéditas! Descubra como isso afeta suas finanças e o que esperam os bancos para 2025 e 2026.

Na última sexta, o dólar apresentou uma queda significativa , atingindo valores em torno de R$ 5,40 , uma das menores cotações em mais de um ano. Essa desvalorização da moeda americana gerou revisões nas projeções cambiais de diversas instituições financeiras.

A XP alterou sua expectativa de R$ 5,80 para R$ 5,50 até o final de 2025. Para 2026, a previsão foi reduzida de R$ 6,10 para R$ 5,70 . O Santander também cortou suas estimativas, projetando que o dólar feche o ano em R$ 5,70 , uma redução de R$ 0,10 em relação ao anterior de R$ 5,80 . Para entender como a alta do dólar impacta a economia brasileira, é importante considerar as análises de mercado.

O Bradesco revisou suas projeções para o câmbio, esperando que o dólar termine 2025 em R$ 5,50 , abaixo da previsão anterior de R$ 5,70 . Para 2026, a expectativa também foi ajustada para R$ 5,50 . Durante o primeiro semestre de 2025, o dólar já havia caído 12% em relação ao real, acompanhando a tendência de outras moedas de países emergentes e refletindo a depreciação do dólar norte-americano.

Dois fatores principais têm contribuído para a apreciação do real. O primeiro é a expectativa de reformas fiscais a partir de 2027, gerando otimismo no mercado. O segundo é a ação rápida do Banco Central no aumento das taxas de juros, ajudando a estabilizar a moeda. A equipe econômica da XP acredita que essa valorização do real deve continuar, especialmente em um cenário de juros altos.

Entretanto, existem riscos que podem variar nessa dinâmica. No cenário externo, uma possível reversão na desvalorização do dólar global pode ocorrer se as incertezas geopolíticas aumentarem. No Brasil, os riscos fiscais permanecem, podendo tornar a situação da dívida pública insustentável. O balanço de pagamentos também não é tão forte quanto em períodos anteriores, refletindo um superaquecimento da demanda interna, o que pode impactar a inflação e o poder de compra das famílias.

De acordo com a análise do Morgan Stanley , o real tende a ser sensível às flutuações relacionadas às eleições , especialmente com a divulgação do orçamento pré-eleitoral de 2026 no final de 2025. Isso ocorre mesmo com a atratividade do carry trade , que envolve o empréstimo de dinheiro em moedas fortes para investir em outros com rendimentos mais altos.

No curto prazo, Cristiano Oliveira, diretor de Pesquisa Econômica do Banco Pine , sugere que há espaço para uma nova rodada de desvalorização da moeda. Ele afirma que seus modelos indicam que a valorização do real deve desacelerar, mas a tendência de apreciação continuará nos próximos dois a três meses, com uma previsão de R$ 5,33 até meados de agosto.

José Faria Junior, sócio e diretor da Wagner Investimentos , acredita que a tendência de alta do câmbio pode reverter na próxima semana. Ele observa que existem fatores que favorecem tanto a continuidade da queda quanto uma possível recuperação técnica, devido ao excesso de posições vendidas e à sazonalidade do câmbio no Brasil. Faria Junior sugere que, à medida que o dólar inicia uma tendência de baixa a longo prazo, a cotação pode cair inicialmente para R$ 5,30 e, em seguida, em direção ao objetivo de longo prazo de R$ 5,10 .

Nos próximos dias, os investidores deverão ficar atentos a alguns indicadores importantes, como os dados de inflação (IPC) e as vendas no varejo, a serem divulgados no dia 15 e no dia 17, respectivamente. Esses dados podem influenciar as expectativas sobre a trajetória do dólar e a saúde da economia brasileira, sendo essencial também considerar o impacto da inflação nos poderes de compra das famílias. 

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