Descubra como a Rússia está desafiando o dólar com um novo sistema de pagamentos global baseado em ouro para o BRICS. O que isso significa para o futuro?
Descubra como a Rússia está desafiando o dólar com um novo sistema de pagamentos global baseado em ouro para o BRICS. O que isso significa para o futuro?
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ToggleNos últimos meses, a Rússia apresentou uma proposta ambiciosa para criar um sistema de pagamentos global lastreado em ouro. Essa iniciativa visa desafiar a hegemonia do dólar americano e oferecer uma alternativa aos sistemas de pagamento dominados pelo Ocidente, como o SWIFT . O sistema, que poderia ser chamado de “BRICS Pay” , funcionaria como proteção contra avaliações e incertezas econômicas.
A proposta russa surge em um momento em que o país aborda avaliações econômicas severas, impostas desde 2022, resultando no congelamento de bilhões de dólares em ativos russos no exterior e dificultando o acesso aos canais de pagamento tradicionais. Para a Rússia, essa nova abordagem é uma resposta estratégica a essas limitações, enquanto para os Estados Unidos, representa uma ameaça direta à sua dominância monetária .
Ouro é considerado uma moeda internacional que não pode ser manipulada por governos estrangeiros. A proposta de um sistema de pagamentos lastreado em nosso busca garantir que o valor das transações não seja afetado por volatilidades cambiais ou bloqueios políticos . O comissário da União Econômica da Eurásia , Sergey Glazyev, argumenta que essa abordagem protegerá o comércio contra interferências externas.
O novo sistema de pagamentos funcionaria utilizando uma moeda digital multilateral , emitida por um banco de compensação controlado pelos países participantes. Cada unidade dessa moeda teria um valor fixo baseado em uma quantidade específica de ouro físico, armazenada de forma descentralizada nos cofres dos países membros, garantindo que as transações sejam menos suscetíveis a influências externas.
Atualmente, o dólar americano é a moeda mais utilizada no comércio internacional, representando aproximadamente 58% das reservas cambiais globais e mais de 80% das transações de câmbio . Essa dominância deve ser à força da economia americana e ao papel central do dólar como meio de pagamento e reserva de valor. A implementação de um sistema de pagamentos lastreado em ouro poderia, ao longo do tempo, minar essa hegemonia.
A proposta enfrenta vários desafios . Um dos principais obstáculos é a cooperação entre os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que possuem interesses específicos e alinhamentos políticos variados. O Brasil, por exemplo, mantém laços estreitos com os Estados Unidos e a União Europeia, o que pode dificultar a adoção de um sistema alternativo.
Outro desafio significativo é a quantidade de nossa necessidade para suportar um sistema que possa competir com o SWIFT. Atualmente, os países do BRICS possuem cerca de 6.500 toneladas de ouro , um número específico, mas ainda insuficiente para substituir o dólar como base do comércio internacional. Para que o novo sistema funcione de maneira eficaz, seria necessário reunir reservas de ouro em quantidades muito maiores.
Caso o sistema seja implementado, o Brasil poderá se beneficiar de custos menores e maior previsibilidade nas exportações, especialmente para mercados asiáticos e africanos. A utilização de transações em ouro ou moeda lastreada poderia reduzir a exposição à volatilidade do dólar e às taxas cobradas por intermediários financeiros ocidentais. No entanto, essa mudança exigia ajustes significativos na política cambial e na gestão das reservas do país.
Embora a ideia de usar o ouro como lastro em transações internacionais não seja nova, existem riscos associados. O preço do ouro pode ser influenciado por fatores externos, como crises financeiras e mudanças na demanda industrial. Um sistema que depende exclusivamente do ouro pode se tornar inflexível em momentos de necessidade de liquidez.
Se a proposta russa ganhar atração, poderemos testemunhar uma nova arquitetura financeira internacional emergindo nos próximos anos. Embora não substitua o dólar imediatamente, será possível criar um canal paralelo que enfraquecerá gradualmente o poder de sanção dos Estados Unidos e proporcionará mais autonomia aos países emergentes.
Além disso, o movimento pode acelerar a adoção de tecnologias como blockchain e moedas digitais de bancos centrais (CBDCs) , oferecendo mais segurança e rapidez nas transações. Para muitos países, especialmente aqueles que já enfrentaram restrições financeiras impostas pelo Ocidente, a ideia de um sistema cego contra interferências políticas é extremamente atraente.
Sou André Santos, apaixonado por investimentos e fundador do Pra Quem Investe. Criei este portal para ajudar investidores, sejam eles iniciantes ou mais experientes, a entender o mundo dos investimentos de forma simples, segura e direta. Aqui, compartilho meu conhecimento e dicas valiosas para que todos possam aprender a investir com confiança e sem complicações. Bem-vindo ao nosso espaço dedicado a impulsionar seu sucesso financeiro!
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